"Um fenômeno de terrorismo anti-islâmico está se tornando um sério desafio", avaliou Alexander Bortnikov, chefe do Serviço de Segurança Federal (FSB) nesta quinta-feira.
Ele sugeriu que profundas divisões entre imigrantes e nativos são um terreno fértil para "a ascensão de sentimentos nacionalistas […] e radicalismo de direita, neo-racista".
O surgimento de psicopatas e assassinos de sangue frio que abrigam planos para abater muçulmanos está se tornando uma tendência alarmante não apenas na Europa, mas no resto do mundo.
O oficial referiu-se à tragédia da Nova Zelândia em 15 de março, quando o australiano Brenton Tarrant, de 28 anos, abriu fogo contra muçulmanos em duas mesquitas da cidade de Christchurch enquanto se reuniam para as orações de sexta-feira.
O atentado foi o pior tiroteio na história do país, deixando 50 mortos e muitos mais feridos.
Tarrant foi detido 36 minutos após a primeira chamada, mas era "absolutamente sua intenção" realizar novos ataques. Ele estava em trânsito e tinha duas outras armas de fogo em seu veículo, disse a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, a repórteres após o ataque violento.