O ano de 2019 tem sido movimentado para os políticos alemães. Além da votação para o Parlamento da UE — marcada para 26 de maio —, o país escolhe representantes no mesmo dia em várias eleições estaduais e municipais. Em setembro, os eleitores alemães voltarão às zonas de votação para escolher candidatos nas eleições estaduais de Brandemburgo e Saxônia.
"Outros partidos temem que a AfD receba muitos votos", diz o deputado regional de Berlim e membro da AfD, Gunnar Lindemann. "Então, eles tentam lutar contra o nosso partido e nossas idéias — claro, não de um jeito bom".
O "choque de ideias" na Alemanha parece ter ido além do debate político, artigos de jornais e telas de TV, já que os membros da AfD também estão denunciando ataques físicos.
Na cidade de Essen, a situação esquentou quando três carros da campanha do partio AfD foram incendiados em campos de refugiados na quinta-feira. A legenda suspeita de envolvimento de radicais de esquerda e pediu proteção policial.
Apesar dos ataques, o partido está otimista sobre o seu desempenho nas próximas eleições parlamentares e domésticas, já que em 2017, o partido se tornou a terceira maior força política do Bundestag (o Parlamento alemão).
Movimentos de direita também estão ganhando força nos países vizinhos. Em março de 2019, o Fórum para a Democracia (FvD) na Holanda, com discurso semelhante ao defendido pela AfD (eurocético, anti-imigração, militarismo e corte de impostos), deu um grande salto nas eleições provinciais e se tornou a maior força no Senado.