Zarif: Irã 'tem PhD' em lidar com sanções dos EUA

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, em entrevista à agência Reuters, se mostrou confiante na habilidade do país em lidar com as sanções dos EUA, afirmando que o Irã tem "PhD nessa área".
Sputnik

Durante a entrevista Zarif também afirmou que acredita que o presidente Donald Trump não quer guerra com o Irã, mas que poderia ser seduzido a iniciar um conflito. Em meio a esse cenário ele afirmou que o Irã estará pronto para se defender.

Sobre quem poderia empurrar Trump em direção a um conflito, Zarif nomeou o conselheiro de segurança nacional dos EUA, John Bolton e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, entre outros. Ele alertou que certos indivíduos podem tentar "desenhar um acidente" que imediatamente levaria a uma crise mais ampla, conforme divulgado pela Reuters.

O oficial também indicou que navios da Marinha terão permissão para atravessar o estreito de Hormuz pois o governo iraniano está comprometido em garantir a liberdade de navegação na área.

Irã diz que seguirá vendendo petróleo a outros países apesar das sanções dos EUA
Mais cedo neste mês, os EUA designaram formalmente a Guarda Revolucionária do Irã como uma organização terrorista. Por sua vez, o Irã designou as Forças Armadas dos EUA também como uma organização terrorista. Zarif afirmou que a medida dos EUA era "absurda" e que o Irã exerceria a "prudência".

Em relação ao estreito de Hormuz, Zarif disse previamente que "é nosso interesse nacional de segurança vital deixar o Golfo Pérsico aberto […]. Nós fizemos isso no passado e continuaremos fazendo no futuro. Mas os Estados Unidos deveriam saber que quando eles entram no estreito de Hormuz eles têm que falar com aqueles que protegem o estreito de Hormuz — e que que esses são a Guarda Revolucionária do Irã".

Essa semana, a administração de Trump anunciou que não pretende renovar isenções sobre as sanções impostas ao petróleo iraniano, o que afeta países como Japão, China e Turquia, entre outros. Teerã ainda afirmou que irá continuar a exportar quanto petróleo for necessário.

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