Em vídeo publicado no Twitter, Guaidó aparece ao lado de militares e do líder oposicionista Leopoldo López, que estava preso desde 2014 e foi libertado pelos rebeldes, na base aérea militar La Carlota, em Caracas. Guaidó pede uma "luta não violenta", diz ter os militares ao seu lado e afirma que "o momento é agora".
A movimentação recebeu apoio dos Estados Unidos. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou no Twitter que "o governo dos EUA apoia totalmente o povo venezuelano em sua busca de liberdade e democracia. Democracia não pode ser derrotada".
Já Maduro diz que os principais comandantes militares estão ao seu lado e pediu "máxima mobilização popular para assegurar a vitória da paz."
"Temos que lembrar que não há apenas os militares. O governo tem a Guarda Nacional, as milícias armadas para dar apoio ao governo, então a situação é bastante tensa. Obviamente o apoio dos militares e dos importantes generais vai dar uma legitimidade ao Guaidó para estabelecer o domínio da força, mas isso pode não significar que todos esses grupos vão apoiá-lo."
Segundo Holzhacker, a oposição venezuelana partiu para o "tudo ou nada" e a liberação de Leopoldo López mostra que "setores importantes do meio militar estariam mudando de posição".
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já afirmou reiteradas vezes que não descarta uma ação militar contra Maduro. Em visita a Washington, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) também seguiu a linha e chegou a dizer que todas as opções estão na mesa.
A situação em Caracas é tema de reunião em Brasília entre Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão e os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, da Defesa, Fernando Azevedo, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.
Apesar da fala de Bolsonaro, a professora da ESPM acredita que nenhum país da América Latina deverá apoiar ações militares contra a Venezuela.
"Na torcida para que Nicolás Maduro saia do poder seja lá como for. O pior que pode ocorrer é a sua manutenção no poder com apoio do tráfico de drogas, Hezbollah, Pranes, soldados da ditadura cubana e toda sorte de criminosos. Deus proteja os venezuelanos", disse Eduardo Bolsonaro.