Mídia: China tentou viabilizar aprovação de Comac C919 após aterramento do Boeing 737

As autoridades chinesas tentaram vincular o processo de certificação do 737 MAX da Boeing à aprovação de seus próprios jatos produzidos internamente nos EUA, informou a Bloomberg. De acordo com a agência, Pequim tentou entrar no mercado americano, que permaneceu fechado a aeronaves fabricadas sem autorização do regulador de aviação dos EUA.
Sputnik

Pequim busca há anos a certificação de seus jatos civis, rivais da Boeing e da Airbus, para serem vendidos a empresas americanas. De acordo com a Bloomberg, as autoridades chinesas nunca fizeram "exigências explícitas" para que suas aeronaves fossem certificadas em troca da aprovação do principal jato da Boeing, mas "suas intenções eram claras".

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Os EUA, porém, não se moveram e o 737 MAX da Boeing acabou recebendo a certificação na China, enquanto o concorrente direto da aeronave, o Comac C919, não recebeu sinal verde da Administração Federal de Aviação dos EUA. Nem autoridades chinesas nem americanas comentaram a reportagem.

Ambos os países assinaram um acordo em outubro de 2017 para melhorar o processo de concessão de certificação mútua para aviões civis. No entanto, as aeronaves chinesas ainda não receberam luz verde do regulador americano.

Ao mesmo tempo, enquanto o Boeing 737 MAX enfrentou problemas globais após dois acidentes em menos de meio ano — a quedas de aeronaves da Ethiopian Airlines e da Lion Air em março de 2019 e outubro de 2018, respectivamente —, a China foi um dos primeiros países a aterrar o avião em março de 2019. Eventualmente, todos os países que usam os jatos ordenaram que eles fossem aterrados até que a causa das colisões tenha sido determinada.

Desde então, a Boeing lançou uma atualização de software, alegando que tornou o sistema menos agressivo, mas até agora o aterramento global permanece em vigor até que os órgãos reguladores decidam se o jato está seguro para voar.

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