Eva-Marie Persson disse que tomou a decisão de reiniciar o caso e que existem razões de peso para suspeitar que Assange seja culpado.
"A minha avaliação é que seja requerido um novo questionamento de Assange", disse Eva-Marie Persson, a vice-diretora da Procuradoria sueca.
Durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira (13), a procuradora sueca Eva-Marie Persson declarou que as circunstâncias agora permitem que Assange seja extraditado para a Suécia do Reino Unido, onde ele está preso.
Ela sublinhou que o caso foi anteriormente encerrado por ser impossível a aparição do fundador do WikiLeaks perante um tribunal.
Julian Assange foi detido em Londres no dia 11 de abril, após a decisão do presidente do Equador, Lenín Moreno, de retirar o asilo do ativista na embaixada equatoriana.
O ativista ficou famoso por publicar dados secretos sobre, por exemplo, as operações militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque, bem como sobre as condições na prisão de Guantánamo.
Em 2010, o fundador do WikiLeaks, procurado pelas autoridades americanas, viajou para a Suécia em busca de proteção, porém, acabou sendo acusado de estuprar duas mulheres. A acusação veio a ser arquivada pela Suécia, que revogou o mandado de captura.
Desde 2012, Assange estava vivendo na embaixada do Equador em Londres, após as autoridades equatorianas terem lhe concedido asilo.