"Você não se entregou à polícia por sua vontade, a embaixada no Equador foi forçada a dar acesso ao prédio para a polícia […] Você tinha uma escolha e eu rejeito todos os argumentos [atenuantes da sentença]", disse a juíza Deborah Taylor, ao anunciar o veredito.
Ela disse também que a violação por Assange da liberdade condicional está "para além das acusações mais sérias apresentadas contra ele".
As audiências sobre a extradição de Assange vão continuar na quinta-feira (2) no Tribunal de Magistrados de Westminster.
A organização WikiLeaks rotulou como chocante a sentença dada ao seu fundador.
"A sentença de Julian Assange é tão chocante como vingativa. Estamos seriamente preocupados com a possibilidade de ele não vir a receber uma audiência de extradição justa no Reino Unido", lê-se no comunicado do portal, publicado no Twitter.
O ativista ficou famoso por publicar dados vazados secretos sobre, por exemplo, as operações militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque, bem como sobre as condições na prisão de Guantánamo.
Em 2010, o fundador do WikiLeaks, procurado pelas autoridades americanas, viajou para a Suécia em busca de proteção, porém, acabou sendo acusado de estuprar duas mulheres. A acusação veio a ser arquivada pela Suécia, que revogou o mandado de captura.
Desde 2012, Assange estava vivendo na embaixada do Equador em Londres, após as autoridades equatorianas lhe terem concedido asilo.