Durante as negociações, os integrantes pareceram discordar sobre o assunto em questão, com a chefe da política externa da UE, Federica Mogherini, instando Washington a moderar em meio ao aumento das tensões.
Pompeo, por sua vez, compartilhou a informação sobre a "elevação" das ameaças feitas pelo Irã, segundo seu representante.
Perante a situação, a Sputnik Internacional discutiu as tensões entre o Irã e os EUA com Sami Hamdi, editor-chefe do International Interest e consultor de risco geopolítico.
Além disso, o jornalista ressalta que, em caso de uma vitória democrata, é muito provável que recupere o acordo nuclear, o que iria suspender algumas das sanções impostas contra o Irã. Nesse caso, mesmo com opções limitadas, Teerã poderia aceitar a opção de esperar até as eleições nos EUA.
Com relação ao papel dos EUA em uma possível escalada após o envio de um grupo de ataque de porta-aviões norte-americanos, ele acredita que a política militar de Trump é obter aliados para lutar, e não tropas americanas.
Isso tudo devido ao fato de que os EUA não podem confiar na Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos ou Qatar como aliados para iniciar um combate. Dessa forma, sem aliados, os EUA temem se envolver em outro "Vietnã".
Além disso, o especialista ressalta que Trump convidou o Irã a retomar as conversas sobre um acordo nuclear e as sanções, isso ao mesmo tempo em que elevava a presença militar dos EUA na região. Provavelmente, os EUA utilizaram essa tática de intimidação para que o Irã retomasse as negociações.
Outro assunto em questão é a ameaça real de um ataque preventivo dos EUA ou do Irã em meio às ameaças bilaterais, e no ponto de vista de Sami Hamdi, o Irã não está preparado para arriscar uma guerra contra os EUA, bem como os EUA não estão preparados para uma guerra sem ter a certeza de que vencerá a batalha, principalmente pelo fato de que Trump sabe que não há um grande interesse internacional por uma guerra.
Já com relação ao interesse da UE em manter as relações comerciais com o Irã, mesmo perante as sanções norte-americanas, o especialista aponta que a UE acredita no acordo nuclear, entretanto, não acredita que a estabilização do sistema financeiro paralelo seja a solução e, por isso, os europeus preferem permanecer ao lado de Trump.