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Protestos contra cortes na educação levam milhares às ruas em 25 estados e DF (FOTOS, VÍDEO)

Manifestações foram realizadas em pelo menos 126 cidades de 25 estados brasileiros e no Distrito Federal.
Sputnik

O segundo round de protestos contra os cortes na educação aconteceu nesta quinta-feira em todo o país durante todo o dia. Com exceção de Brasília, onde a tarde registrou tumultos e violência policial, os atos foram pacíficos e terminaram em tranquilidade.

No dia 15 de maio, os protestos contra os cortes do governo levaram mais de um milhão de pessoas às ruas de todo Brasil. Os atos desta quinta-feira, até o momento, não atingiram os mesmos números, mas também foram expressivas.

Convocação a protestos em prol da Educação faz surgir contrarresposta de pró-governistas
Na capital paulista, os manifestantes se reuniram no Largo da Batata, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, e seguiram em marcha pela Avenida Rebouças em direção à Avenida Paulista.

Em Brasília, os manifestantes se concentraram às 10h na praça do Museu Nacional da República. A Esplanada dos Ministérios foi bloqueada algumas horas depois, quando o grupo marchou no sentido Praça dos Três Poderes. Foi quando aconteceu tumulto entre policiais e manifestantes. Um homem foi detido durante o episódio.

No Rio de Janeiro, a concentração dos manifestantes aconteceu às 17h nas proximidades da Igreja da Candelária, no Centro da cidade. A multidão, seguiu em marcha pela avenida Rio Branco até a praça da Cinelândia.

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'Balbúrdia é cortar dinheiro da educação': manifestantes no centro do Rio protestam contra cortes do governo, 30 de maio.
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Manifestantes protestam no Rio contra cortes na educação e medidas do governo Bolsonaro. A manifestação no dia 30 de maio lotou a avenida Rio Branco, no Centro da cidade e terminou na Cinelândia.
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Os manifestantes agitavam cartazes e bandeiras. As imagens da vereadora carioca, assassinada no ano passado, Marielle Franco, eram vistas com frequência, assim como durante a manifestação de 15 de maio.
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Imagem do educador Paulo Freire, cujo mérito acadêmico foi atacado por membros do governo Bolsonaro, foi muito presente durante os atos ocorridos em todo Brasil, 30 de maio
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Ato contra os cortes do governo Bolsonaro tomaram as ruas do centro do Rio em 30 de maio
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Depois da concentração em torno da Igreja da Candelária, a manifestação seguiu, de forma pacífica, em passeata pela avenida Rio Branco até a praça da Cinelândia
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Manifestação contra cortes do governo no Rio de Janeiro
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Manifestante agita bandeira do Brasil durante manifestação contra cortes do governo

Os manifestantes cariocas contaram com adesão de professores, universitários, estudantes secundaristas, sindicatos, diversos movimentos sociais e população da cidade.

"A gente está aqui para defender a educação pública, a saúde e a arte. É muito importante a gente estar aqui para defender o nosso lugar, o nosso espaço, que é público. [Defender] os nossos direitos, defender as cotas raciais e sociais, defender o estatuto da criança e do adolescente. Porque o governo não está nem aí. Está fazendo vários cortes", disse à Sputnik Brasil a estudante da licenciatura em Dança da UFRJ, Tainá Bertoldo. 

"A gente está aqui hoje para tentar defender o que nos resta da educação. Os cortes vem sendo cada vez mais perigosos, dentro da conjuntura política nacional. A perspectiva é bem ruim, mas a gente está aqui para mudar isso, não tem muito mais o que falar", declarou para a Sputnik o mestrando da faculdade de geoquímica da UFF, Eduardo.     

As manifestações foram convocadas pelas redes sociais após decisão do Ministério da Educação de bloquear 24,84% dos recursos esperados em 2019 para universidades, institutos técnicos e escolas sob administração do governo federal. Após os atos de 15 de maio, o governo prometeu liberar mais verbas para a educação, mas manteve os cortes anunciados.

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