"Minha experiência [mostra] que, geralmente, reforma política nasce dentro da Câmara dos Deputados. O presidente pode dar opiniões sobre um ou outro assunto, se a Câmara tiver clima para aprová-la. Fora isso, quem decide é o Parlamento", disse Bolsonaro aos jornalistas neste sábado, em Brasília, citado pela Agência Brasil.
"Reforma Política sempre tem que ter o consenso do Parlamento. Não adianta o Executivo querer uma reforma porque vai para a demagogia", completou.
"Nós gostaríamos que fosse tudo junto, mas como tem partidos que querem que aprove corrido [separado], tem um impasse dentro da Câmara. Eu não tenho nada a ver com isso. A Câmara que decide agora", declarou o presidente, ao defender a aprovação do texto enviado pelo governo federal. Ele manifestou a expectativa de que a comissão especial da Câmara dos Deputados vote o texto em, no máximo, 20 dias.
O relator da comissão que analisa o projeto na Câmara, o deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP), prometeu apresentar seu relatório até o próximo dia 15. Moreira também é favorável a discutir a possibilidade de propor novas regras para a previdência de estados e municípios. As propostas, no entanto, ainda serão discutidas com os líderes partidários.