A ameaça dos EUA à Índia de "sérias implicações" sob o CAATSA foi novamente reacendida. Em outubro passado, citando necessidades relativas à proteção e segurança nacional, a Índia assinou um acordo de US $ 5,43 bilhões com a Rússia pela compra de S-400, mesmo sob ameaças do lado norte-americano. Desde então, a disputa entre os dois países ficou mais quente após a Índia justificar a decisão como um sinal de "uma política independente".
"Apesar de ações recentes dos EUA como a suspensão da Turquia do programa F-35 terem levado a Ancara a optar pelo sistema russo em detrimento do sistema Patriot, a exceção tácita de Washington para a Índia pode levantar questões sobre sua credibilidade", observou Parpiani, especialista em estratégias militares dos EUA e suas respectivas relações entre civis e militares.
Washington tem pressionado Ancara a abandonar seu plano de compra de S-400 SAMs, adquirido após acordo assinado com a Rússia em dezembro de 2017. Os EUA ameaçaram suspender a entrega de jatos F-35 encomendados pela Turquia e até expulsar o país da Otan caso se recuse a cumprir a demanda.
"Os EUA parecem estar tentando garantir que sua exceção tácita à Índia não atrapalhe suas tratativas na Turquia. No passado, havia evidências de que os EUA enfrentavam desafios de política externa devido às suas exceções para a Índia", acrescentou Parpiani.
O primeiro sistema S-400 deverá se juntar à Força Aérea Indiana em outubro de 2020, enquanto os quatro restantes chegarão em 2023. O sistema SAM pode destruir aeronaves hostis, mísseis e até drones em alcance de até 400 km.