"Nossas conversas com a China, muitas coisas interessantes estão acontecendo. Vamos ver o que acontece [...] Eu posso subir para pelo menos outros US$ 300 bilhões e farei isso na hora certa", ameaçou Trump a repórteres nesta quinta-feira, como citado pela Agência Reuters. O presidente não detalhou quais mercadorias poderiam ser alvo dos aumentos.
"Acho que a China quer fazer um acordo e acho que o México quer fazer um acordo", comentou antes de embarcar no Air Force One a caminho da França para as comemorações do Dia D.
A guerra comercial latente entre as duas maiores economias do mundo já viu uma troca de várias rodadas de aumentos de tarifas mútuas. Quase um ano atrás, em julho de 2018, Trump iniciou a disputa batendo em Pequim tarifas de 25% sobre bens de tecnologia chineses no valor de US$ 50 bilhões, atraindo uma resposta similar da China.
Mais tarde naquele ano, a Casa Branca impôs tarifas de 10% sobre o valor de US$ 200 bilhões em importações chinesas variando de produtos químicos a bens de consumo, em uma tentativa de pressionar Pequim a fazer concessões comerciais. A China reagiu, acrescentando US$ 60 bilhões em produtos americanos à sua lista de tarifas de importação.
Não demorou muito para Pequim reagir. Em 1º de junho, a China elevou as tarifas para 25%, para 5.000 produtos dos EUA, no valor de US$ 60 bilhões. Pequim também ameaçou usar sua vantagem na produção de terras raras como alavanca na guerra comercial, com a mídia do governo dizendo que a China pode proibir sua exportação. Os materiais são vitais para várias indústrias, especialmente no setor militar e de alta tecnologia.