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Peso real? Bolsonaro insiste em moeda comum com Argentina, mas vira alvo do Banco Central e de Maia

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro declarou nesta sexta-feira que seu governo consideraria uma união monetária com a Argentina, apesar do Banco Central do país negar tais planos.
Sputnik

Políticos no Brasil e na Argentina, incluindo Bolsonaro, haviam falado no dia anterior sobre os planos de criar uma moeda única entre os dois países, que fazem parte do bloco do Mercosul.

Os comentários provocaram uma reação do Banco Central do Brasil.

Bolsonaro insistiu na ideia e disse que seu plano era ter uma moeda única para todo o continente sul-americano, mas que começaria com o Brasil e a Argentina. O presidente brasileiro disse que o assunto foi analisado desde 2011, algo que o Banco Central negou.

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"O Banco Central do Brasil não tem planos ou estudos em andamento para uma união monetária com a Argentina", disse o banco em um comunicado.

"Como é natural em um relacionamento entre parceiros, existe um diálogo sobre estabilidade macroeconômica, bem como discussões sobre redução de risco e vulnerabilidade e fortalecimento de nossas instituições", acrescentou.

Segundo o jornal brasileiro O Globo, Bolsonaro e Guedes disseram a empresários argentinos e brasileiros em uma reunião em Buenos Aires que gostariam de explorar a ideia, mas a reação em geral foi cética.

"Realmente? Eles vão desvalorizar o real? O dólar para 6 reais? A inflação vai voltar? Espero que não", ironizou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em uma postagem na sua página no Twitter.

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