Assim, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a Rússia não negocia aliados, respondendo à pergunta sobre um possível negócio com os EUA quanto à Síria.
"O que é um negócio? É alguma iniciativa comercial, ações. Nós não negociamos os nossos aliados, tampouco nossos interesses e nossos princípios. É possível acordar com nossos parceiros sobre a resolução de problemas atuais", disse Putin.
Ele adicionou que a Rússia, Irã, Turquia, EUA e outros países devem unir esforços para resolver questões como a regulação política na Síria por meio da criação de um Comitê Constitucional.
Consequências imprevistas
Além disso, o presidente comentou as recentes tensões entre os EUA e o Irã. De acordo com ele, a situação pode levar a uma catástrofe para toda a região, mas as consequências podem também afetar os Estados Unidos.
"Os EUA afirmam não descartar a utilização da força militar. Mas desde já quero dizer que isso seria uma catástrofe para a região, no mínimo. Tal levaria a um surto de violência e, talvez, ao aumento do número de refugiados da região", afirmou o líder russo.
Ele acrescentou que "para os que empreenderem tais tentativas, isso traria, possivelmente, consequências tristes".
"É difícil avaliar o que ocorreria em caso de uso da força militar. É que o Irã é um país xiita, e até no mundo islâmico se considera que eles são pessoas capazes de extremos se precisarem de se proteger, de proteger seu próprio país", assinalou o presidente.
Anteriormente, no golfo de Omã foram atacados os petroleiros Front Altair e Kokuka Courageous. Após as explosões e incêndios, ambas as tripulações foram evacuadas para o território do Irã e para bordo de um destróier americano. Ninguém morreu em resultado do incidente.
Os EUA acusaram o Irã de ter atacado os petroleiros. O chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, rotulou como infundadas as acusações contra o país dele. O exército iraniano afirmou ter enviado um navio e um helicóptero para o local do incidente para resgatar e socorrer as pessoas.