O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, havia dado garantias à Casa Branca de que muitos dos altos funcionários do governo e das Forças Armadas venezuelanas apoiariam um eventual novo governo no país sul-americano.
No início do ano, a saída do presidente Maduro pareceu a Trump uma aposta segura e "uma rápida vitória na política externa em um momento em que outras iniciativas na Ásia e no Oriente Médio pareciam estagnadas ou estavam indo na direção errada", explicou o jornal. No entanto, apenas poucos membros do governo responderam ao chamado de Guaidó para trocar de lado.
Trump acredita que o Conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, e seu diretor de política na América Latina, Mauricio Claver-Carone, "foram enganados" pela oposição e pelos principais aliados de Maduro, disseram as fontes do jornal na Administração.
No entanto, outra fonte disse que "os EUA nunca disseram que seu esforço na Venezuela seria limitado a uma rodada". Washington continuará com a sua política de pressão máxima até o final, acrescentou.
No entanto, Trump ficou claramente frustrado, pois "poderia ter obtido êxito e anunciar isso como uma grande vitória na política externa", disse um ex-funcionário do governo ao The Washington Post.
Desde o início de maio, Trump raramente falou publicamente sobre a Venezuela ou sobre sua promessa de usar a força militar, se necessário, para atingir os objetivos dos Estados Unidos, observa o artigo. Mesmo a conta de Trump no Twitter silenciou sobre o assunto.
Além disso, o presidente dos EUA começou a culpar seu antecessor pela atual crise na Venezuela. "Eles vem se preparando há muitos anos", disse ele. "Começou, da pior maneira, durante o governo Biden-Obama", disse Trump.
Assim, a medida que Trump se afasta do tema, o assunto fica cada vez mais nas mãos do Conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, e do vice-presidente, Mike Pence.