Lagos de lua de Saturno podem ter cristais inigualáveis em abundância, segundo cientistas

Depois de recriarem as condições similares às da lua Titã de Saturno, cientistas concluíram que as moléculas da atmosfera de Titã poderiam formar anéis de cristais extraterrestres.
Sputnik

Recentemente, cientistas recriaram as condições similares às do satélite natural de Saturno Titã, e concluíram que as moléculas de Titã poderiam formar anéis de cristais extraterrestres em torno dos lagos de metano que fazem parte da superfície da lua de Saturno.

Anteriormente, a equipe de pesquisadores do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA descobriu dois desses "minerais moleculares", agora, descobriram o terceiro deles, feito de acetileno e butano, além disso, ele pode ser um dos mais abundantes.

"Anteriormente, demonstramos que algumas moléculas orgânicas que formam cocristais nas condições relevantes de Titã, incluindo acetileno", cita a equipe durante conferência, ressaltando que foram relatadas evidências preliminares de um terceiro cocristal entre acetileno e butano, que poderia ser o mineral mais comum já descoberto.

Na Terra, tanto o acetileno quanto o butano são utilizados como gases para soldagens, isqueiros e fogões portáteis, conforme a Science Alert.

Entretanto, na superfície de Titã, eles podem formar cristais sólidos devido a baixas temperaturas.

Durante os estudos, os pesquisadores descobriram que os compostos se fundem para formar um cocristal, que não existe na Terra.

Lagos de lua de Saturno podem ter cristais inigualáveis em abundância, segundo cientistas

Os primeiros cristais formados foram o benzeno, que formou um cocristal com etano, enquanto que o acetileno e a amônia formaram o segundo cocristal e, agora, surgiu o cocristal formado por acetileno e butano.

Devido às condições climáticas, é difícil imaginar qual seria a paisagem formada na lua de Saturno, já que um processo contrário ao da Terra ocorre em Titã.

Imagens infravermelhas captadas pela Cassini próximo de Titã mostram o que aparenta ser anéis alaranjados altamente reflexivos em torno de alguns dos lagos localizados no hemisfério norte da lua.

Agora, a equipe pretende realizar um estudo aprofundado do cocristal, além de localizar outros minerais moleculares que podem existir na superfície de Titã.

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