No último domingo, Federica Mogherini, alta representante da UE para Política Externa e Segurança, pediu à Rússia que tome medidas imediatas para garantir o cumprimento total e verificável desse acordo de 1987, que impõe limites às armas nucleares armazenadas pelos dois maiores rivais do período da Guerra Fria.
"Lamentamos a abordagem desequilibrada da UE em relação à causa da crise do INF. Em particular, ela não mencionou preocupações que a Rússia expressou durante anos sobre o cumprimento dos EUA. Os EUA fizeram com que o acordo se desfizesse, mas a Rússia é instada a mantê-lo no lugar", disse a chancelaria russa. "Essa declaração foi claramente um show e um golpe de propaganda. A UE continua seguindo a linha dos EUA, rejeitando as propostas realistas da Rússia sobre como lidar com acusações mútuas [de violações do INF], buscando a transparência mútua", acrescentou.
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou uma lei no último 3 de julho suspendendo formalmente os compromissos assumidos pela Rússia no acordo, após os Estados Unidos terem interrompido, em fevereiro, sua participação no pacto nuclear.