Expulsar Turquia do programa F-35 terá consequências 'adversas' para OTAN, adverte Ancara

O flanco sul da OTAN poderia enfrentar consequências negativas por causa da expulsão da Turquia do programa de caças norte-americanos F-35.
Sputnik

A decisão tomada pelos EUA de excluir a Turquia do programa de caças F-35 irá afetar negativamente o poder da OTAN, considera o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar.

"Esperar que os EUA evitem dar passos que possam prejudicar as relações entre os dois países é um direito natural da Turquia enquanto parceiro estratégico", disse Akar à agência turca Anadolu, advertindo para as consequências "adversas" que esta medida terá na Aliança Atlântica, particularmente no seu flanco sul.

De acordo com o ministro, esta "decisão unilateral e injusta não tem uma justificação legítima".

Nesta semana, o Pentágono decidiu remover a Turquia do seu programa internacional de produção e fornecimento de caças F-35.

Anteriormente, os Estados Unidos informaram que a decisão de Ancara de adquirir os sistemas de defesa antiaérea russos S-400 tornava "impossível" a sua participação na compra de aeronaves de fabrico estadunidense.

O fornecimento do sistema de mísseis interceptores S-400 à Turquia no âmbito do contrato assinado entre Moscou e Ancara começou no dia 12 de julho.

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia considera que a medida tomada pelos EUA é um erro que pode prejudicar os laços estratégicos, e exorta Washington a reconsiderar a sua decisão.

De acordo com o ministro da Defesa turco, esta decisão não está fundamentada com razões legítimas e "causará danos irreparáveis às relações estratégicas".

Os EUA têm advertido reiteradamente a Turquia de que esta não poderá participar do programa de desenvolvimento e aquisição dos caças F-35 se comprar à Rússia os sistemas de mísseis antiaéreos S-400.

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