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'A situação está melhorando', diz Lavrov sobre crise na Venezuela

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, destacou mudanças positivas na Venezuela em entrevista desta terça-feira (23).
Sputnik

"Em relação à Venezuela, a situação está melhorando", afirmou o chanceler russo em entrevista à imprensa latinoamericana e à RT.

A entrevista foi concedida para responder questões sobre a viagem do diplomata à região, que será realizada entre esta terça-feira (23) e o sábado (27).

Lavrov apontou que depois que fracassaram as tentativas de "provocar a partir do exterior ma revolução colorida" se iniciou o processo de negociações em Oslo, na Noruega.

"Levando em conta as declarações positivas do presidente da Venezuela, [Nicolás] Maduro e seus opositores, quanto ao desenvolvimento do processo de negociações, espero que seja fechado um acordo que seja conveniente para todos e em primeiro lugar respeite os interesses do povo venezuelano", afirmou o chanceler.

O ministro informou que a Rússia se comunica com representantes dos círculos políticos da Venezuela.

"Nos comunicamos ativamente com os representantes dos círculos políticos da Venezuela: com o Governo, opositores, incluindo os representantes de Guaidó nos contatam; lhes explicamos que são inaceitáveis as tentativas de resolver os problemas internos provocando a ingerência a partir do exterior", disse.

Lavrov também mencionou, ainda falando sobre o contato com as partes venezuelanas, que são observadas ameaças constantes por parte dos Estados Unidos.

Crise continua, mas negociações avançam

Na semana passada, ocorreu em Barbados a quarta rodada de negociações entre o Governo venezuelano e a oposição, com mediação da Noruega.

Por sua parte, a chancelaria de Oslo emitiu um comunicado que assegurou que os diálogos vão continuar pediram às partes que adotem máxima precaução com as declarações emitidas.

Esta foi a segunda vez que as partes venezuelanas se encontram em Barbados para dar continuidade aos diálogos iniciados em 14 de maio, em Oslo.

Os contatos realizados no país europeu foram os primeiros de aproximação de o recente aumento da tensão política no país.

A crise venezuelana se agravou a partir de janeiro, quando Nicolás Maduro tomou posse do mandato de presidente e em seguida o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino em desafio à autoridade presidencial.

Guaidó foi reconhecido por diversas nações da região, como Brasil, Argentina, Colômbia, Peru, Paraguai e Chile, que se somaram ao apoio manifestado a Guaidó pelos Estados Unidos. Cerca de 50 países seguiram os norte-americanos, a metade destes na Europa.

Já Rússia, China, Índia, Turquia, Irã, Cuba, Bolívia, Uruguai e México estão entre os países que apenas reconhecem Maduro como o presidente legítimo da Venezuela.

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