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STF articula saída de Dallagnol da Lava Jato, diz jornal

Uma reportagem divulgada na quinta-feira (1) com denúncias sobre o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Deltan Dallangnol pode estar surtindo efeitos no Supremo Tribunal Federal (STF).
Sputnik

Segundo publicação do jornal Folha de São Paulo, nesta sexta-feira (2), o STF está articulando o afastamento de de Dallangnol da operação Lava Jato.

Na quinta-feira (1) foi divulgada uma reportagem pelo site Intercept Brasil, em parceria com a Folha de São Paulo, contendo denúncias de que Deltan teria agido para que colegas investigassem o atual presidente do STF, Dias Toffoli. A ação, porém, é ilegal e só pode ser realizada com autorização do próprio STF.

Ao longo do dia, ministros do STF pediram à Polícia Federal que as mensagens apreendidas com suspeitos de serem hackers, supostamente as mensagens enviadas ao Intercept, fossem repassadas ao Supremo, que também decretou que as mensagens não sejam destruídas.

Para articular a saída de Dallagnol do STF, os ministros estariam pressionando a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. No entanto, como Dodge não pretende se indispor com colegas no MPF, a decisão poderá ser tomada pelo próprio STF através do ministro Alexandre de Moraes.

Uma determinação de Moraes coloca também a investigação dos hackers no âmbito do Supremo. O ministro determinou, ainda na quinta-feira, que as mensagens dos suspeitos de terem hackeado celulares de importantes nomes da República, incluindo o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, sejam encaminhadas ao STF em até 48 horas.

A decisão do ministro cita as denúncias feitas pela reportagem e caracterizam a reação mais forte das autoridades até agora em reação às reportagens da chamada Vaza Jato.

O ministro do STF, Luiz Fux, também determinou, através de liminar, que as mensagens fossem enviadas ao STF, atendendo a um pedido do PDT para que as mensagens não fossem destruídas - conforme Moro chegou a indicar que seriam.

Além de Fux e Moraes, os ministros Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes também condenaram a possível investigação clandestina sobre Toffoli.

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