Nesta quinta-feira, o presidente da França, Emmanuel Macron, manifestou sua preocupação com os incêndios na Amazônia, classificando a tragédia de "crise internacional". Em sua conta no Twitter, a autoridade de Paris prometeu levar o assunto à cúpula do G7, que será realizada neste fim de semana.
A declaração do francês repercutiu na rede e dividiu a internet brasileira. Parte dos usuários criticou Macron por interferir nos assuntos internos do país. Muitos, no entanto, agradeceram a preocupação, na esperança de que Brasília reaja mais rápido em caso de pressão externa.
O presidente Jair Bolsonaro ficou com o primeiro grupo e não gostou dos comentários do líder europeu. Para ele, Macron "instrumentalizou" tema para lucrar politicamente e, além disso, apresentou uma "mentalidade colonialista".
Mais cedo, em uma transmissão ao vivo no Facebook, Bolsonaro também criticou "alguns países" por aproveitar a situação e criticar o Brasil.
"Um país teve a desfaçatez de falar 'a nossa Amazônia'. Estão interessados em ter um dia um espaço da nossa Amazônia para eles", reclamou o político.
"Alguns países aproveitam o momento para potencializar as críticas contra o Brasil. Para prejudicar nosso agronegócio e economia. E recalcar o Brasil a uma posição subalterna", concluiu.