Paquistão poderia usar bombas atômicas contra alvos na Índia, afirma ministro

As tensões entre os dois países nucleares vizinhos se intensificaram desde que Nova Deli revogou o estatuto especial do estado de Jammu e Caxemira.
Sputnik

Após definir uma "possível" data para uma guerra aberta, o ministro dos Transportes Ferroviários do Paquistão, Sheikh Rashid Ahmed, advertiu a Índia de que seu país pode recorrer a ataques nucleares em áreas específicas com uso de pequenas bombas atômicas.

O ministro paquistanês disse que chegou a hora da "luta final pela liberdade" e que a guerra com a Índia "desta vez será a última".

Rashid Ahmed alegou que o Paquistão tem bombas nucleares de 125-250 gramas, que poderiam atingir e destruir determinados lugares, conforme o país achar necessário. Ele também advertiu o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, para evitar uma guerra, de forma a que esta não seja a "última" entre as duas nações nucleares.

"O diálogo é possível se a Índia tomar medidas no sentido de resolver a questão de Caxemira de acordo com as resoluções da ONU. Se impuserem uma guerra ao Paquistão, a Índia será dividida em 22 partes", acrescentou o ministro paquistanês, escreve The International News. 

Rashid Ahmed é conhecido por fazer afirmações controversas. Na semana passada, em meio a relatos de posicionamento de tropas perto da fronteira entre os dois países, ele afirmou que, por volta de novembro, poderia ocorrer uma guerra total na Índia.

Os comandantes dos exércitos dos dois países visitaram nos últimos três dias as respetivas tropas dos postos avançados, prometendo responder de maneira apropriada no caso de qualquer provocação por parte do inimigo.
Na terça-feira passada, o Paquistão deslocou centenas de suas tropas e comandos de elite para perto da fronteira.

Além disso, ainda nessa semana, o país realizou com êxito o lançamento experimental de um míssil balístico, com um alcance de até 290 quilômetros. Fontes afirmam que o destacamento indica que o rival ocidental da Índia está se preparando para um "conflito de curto prazo".

Tanto a Índia como o Paquistão reivindicam a região de Caxemira, que continua dividida entre os dois países desde que se libertaram do domínio colonial britânico em 1947.

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