A coletiva de imprensa foi organizada no prédio da agência internacional de notícias Rossiya Segodnya, da qual a Sputnik faz parte.
O jornalista agradeceu à agência pela calorosa recepção, e expressou imensa gratidão ao presidente Vladimir Putin e ao chanceler Sergei Lavrov da Rússia.
"Muito obrigado a todas as pessoas que me apoiaram e que lutaram pela minha liberdade. Muito obrigado ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia, à administração política da Rússia, e pessoalmente a Vladimir Vladimirovich Putin […] Eu gostaria de agradecer imensamente a Putin, porque ele foi o primeiro dos maiores líderes políticos a declarar que eu estava sofrendo sem ter culpa alguma, porque não se pode punir pela atividade profissional", declarou Vyshinsky durante coletiva de imprensa.
Na coletiva, Kirill Vyshinsky afirmou que não planeja abandonar o jornalismo.
"Claro que eu quero permanecer na profissão e que quero continuar fazendo jornalismo. Ganhei uma nova experiência. É parte da minha vida e entendimento do que está acontecendo no país [Ucrânia]. Eu vi isso não só do meu gabinete de chefia da redação, mas de outro lugar [da prisão]", reforçou.
O chefe do Portal RIA Novosti Ucrânia ressaltou que o propósito das buscas no prédio da RIA Novosti Ucrânia não era investigar, mas, sim, destruí-la.
"Quando eu vi depois as imagens da investigação e li o que tinha sido levado, eu tive uma impressão de que a minha detenção na cadeia era importante, mas igualmente importante era destruir o trabalho da redação, que teve todos os discos rígidos levados e as CPU desmontadas, em uma operação de buscas de três horas em uma pilha de metais. Porém, nada disso foi utilizado no caso. Retiraram e guardaram, mas eu acho que nem sequer usaram dados. Eles simplesmente quebravam sem buscar", acentuou o jornalista.
O chefe do portal RIA Novosti Ucrânia foi detido em Kiev no dia 15 de maio de 2018, acusado de apoiar as autoproclamadas República Popular de Donetsk e República Popular de Lugansk e de traição.