"Estamos prontos para fornecer ajuda apropriada, basta apenas que a liderança da Arábia Saudita adote uma decisão de estado sábia, da mesma maneira que o Irã já fez ao comprar os sistemas de mísseis russo S-300, e da mesma maneira que a Turquia fez adquirindo os sistemas de mísseis russo S-400", afirmou Putin.
O líder está em Ancara para uma cúpula sobre a situação na Síria. Além de Rússia e Turquia, o Irã também participa do encontro. De acordo com o presidente russo, as armas "seguramente protegerão" quaisquer instalações e infraestrutura saudita.
"O Alcorão rechaça qualquer forma de violência, exceto para defesa, e precisamente para defender estamos dispostos a fornecer assistência apropriada para a Arábia Saudita", disse o chefe do Kremlin após coletiva conjunta com os representantes da Turquia e Irã.
A coalizão liderada por Riad no Iêmen afirmou que as armas utilizadas no ataque contra a Arábia Saudita foram fabricadas no Irã. Os preços do petróleo dispararam após o incidente, que não deixou mortos. A destruição das refinarias sauditas provocou uma enorme queda no estoque de petróleo do reino e do mundo.
EUA acusam Irã; Rússia pede calma
A ação gerou uma crise internacional, que coloca em lados opostos o Irã e os Estados Unidos, dois países que vem aumentando as ameaças um contra o outro faz algum tempo.
A ofensiva foi reivindicada pelos rebeldes houthis no Iêmen, país que vive uma guerra civil desde 2015. A Arábia Saudita apoia uma coalização a favor do governo contra os insurgentes, que por sua vez contam com a ajuda de Teerã.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse por sua vez que não há nenhuma prova de que o ataque seja proveniente do território iemenita. A Rússia pediu para a comunidade internacional não tirar conclusões precipitadas sobre o assunto.