A Índia já havia solicitado permissão para usar o espaço aéreo do Paquistão no voo de Modi para a Alemanha.
"Tendo em vista a situação na Caxemira ocupada e a atitude da Índia vista na tirania, na opressão e nas violações de direitos na região, decidimos não conceder esse pedido", disse Qureshi, conforme citado pelo jornal Dawn.
O Paquistão negou anteriormente o uso de seu espaço aéreo ao presidente indiano, Ram Nath Kovind. Islamabad também está considerando o fechamento completo dos céus paquistaneses para o tráfego aéreo com a Índia.
Índia e Paquistão disputam a região da Caxemira desde o fim do domínio britânico, em 1947. Apesar do cessar-fogo alcançado em 2003 após vários conflitos armados, a instabilidade na região continuou, levando ao surgimento de vários grupos extremistas.
As tensões entre os países aumentaram no início de agosto, quando o presidente indiano assinou um decreto revogando o artigo 370 da constituição da Índia, que garantia status especial aos estados de Jammu e Caxemira. Sob a nova iniciativa do governo, Jammu e Caxemira serão divididos em dois territórios da união que estarão sob o controle de Nova Délhi.
O Paquistão reagiu e prometeu proteger os caxemires. O governo paquistanês expulsou o embaixador indiano, interrompeu o comércio bilateral e prometeu levar a questão ao Tribunal Internacional de Justiça.