Paquistão se recusa a deixar jato de premiê indiano voar sobre o país

O governo do Paquistão se recusou a permitir que o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, usasse o espaço aéreo do país enquanto voava para a Alemanha, disse nesta quarta-feira (18) o chanceler paquistanês, Shah Mahmood Qureshi.
Sputnik

A Índia já havia solicitado permissão para usar o espaço aéreo do Paquistão no voo de Modi para a Alemanha.

"Tendo em vista a situação na Caxemira ocupada e a atitude da Índia vista na tirania, na opressão e nas violações de direitos na região, decidimos não conceder esse pedido", disse Qureshi, conforme citado pelo jornal Dawn.

O Paquistão negou anteriormente o uso de seu espaço aéreo ao presidente indiano, Ram Nath Kovind. Islamabad também está considerando o fechamento completo dos céus paquistaneses para o tráfego aéreo com a Índia.

Índia e Paquistão disputam a região da Caxemira desde o fim do domínio britânico, em 1947. Apesar do cessar-fogo alcançado em 2003 após vários conflitos armados, a instabilidade na região continuou, levando ao surgimento de vários grupos extremistas.

As tensões entre os países aumentaram no início de agosto, quando o presidente indiano assinou um decreto revogando o artigo 370 da constituição da Índia, que garantia status especial aos estados de Jammu e Caxemira. Sob a nova iniciativa do governo, Jammu e Caxemira serão divididos em dois territórios da união que estarão sob o controle de Nova Délhi.

O Paquistão reagiu e prometeu proteger os caxemires. O governo paquistanês expulsou o embaixador indiano, interrompeu o comércio bilateral e prometeu levar a questão ao Tribunal Internacional de Justiça.

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