Líderes curdos consideram ajuda de Damasco e Moscou se EUA deixarem a Síria

O medo de que os EUA não façam nada para impedir uma incursão militar turca no norte da Síria pode levar as milícias curdas a negociar com Damasco e Moscou, indicaram os líderes curdos.
Sputnik

Se as tropas norte-americanas deixarem o norte da Síria, as Forças Democráticas da Síria (FDS), apoiadas pelos EUA, serão "forçadas a estudar todas as opções disponíveis", disse nesta terça-feira à Agência Reuters Badran Jia Kurd, funcionário curdo sírio das FDS.

Ele declarou também que esse cenário poderia levar as FDS a "manter conversações com Damasco ou o lado russo para preencher o vazio ou bloquear o ataque turco".

Seu comentário ecoa uma declaração anterior do general Mazloum Kobani Abdi, das FDS, que pontuou estar considerando uma parceria com Damasco e seus aliados para combater as forças turcas que cruzam o norte da Síria.

O presidente dos EUA, Donald Trump, informou na segunda-feira que retiraria as forças da região - uma medida que vem quando a Turquia se prepara para sua operação anti-curda. No entanto, relatos de que os EUA abandonaram seus aliados curdos - considerados terroristas por Ancara - podem ser exagerados.

Os EUA simplesmente retiraram "um número muito pequeno" de tropas do norte da Síria, perto da fronteira da Turquia, disse uma importante autoridade do Departamento de Estado à AFP após o anúncio de Trump.

A Turquia diz que deseja estabelecer uma "zona de segurança" ao longo da fronteira entre os dois países, argumentando que a operação militar permitirá que os refugiados sírios voltem para casa com segurança. Contudo, Washington alertou que a economia turca pode ser "destruída" se Ancara lançar mão dos ataques.

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