'Agravamento': Irã alerta para as consequências da ofensiva turca na Síria

A ofensiva que a Turquia lançou no nordeste da Síria vai agravar a crise no país árabe e causar uma nova onda de refugiados, declarou Hossein Amir-Abdollahian, assessor do presidente do Parlamento iraniano.
Sputnik

"A operação turca na Síria complica ainda mais a situação", escreveu ele em sua conta no Twitter.

Abdollahian alertou que a ofensiva turca vai agravar a crise, causar uma nova onda de refugiados e terrorismo.

"Soluções para segurança nas fronteiras: respeitem-se mutuamente a integridade territorial, negociações e acordos", avaliou.

Abdollahian expressou sua convicção de que a solução para a segurança nas fronteiras na Síria está no "respeito mútuo pela integridade territorial [do país], pelas negociações e pelos acordos".

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou nesta quarta-feira o início da operação da Fonte da Paz no norte da Síria, que visa "neutralizar ameaças terroristas contra a Turquia e levar a uma zona segura que contribua para o retorno de refugiados sírios para suas casas".

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Em 7 de outubro, o porta-voz da Presidência turca, Ibrahim Kalin, disse que a operação não visa à integridade territorial da Síria e só busca acabar com os combatentes curdos-sírios, as Forças Democráticas da Síria (FDS), que Ancara associa ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (YPG), a quem ele considera terroristas.

Os Estados Unidos, principal aliado das milícias curdas na Síria, já deixaram claro que não apoiarão a intervenção da Turquia e não estarão envolvidos nessa operação ou manterão suas forças na área.

Damasco não reconhece a autonomia curda no nordeste da Síria, que controla os territórios a leste do rio Eufrates, nem sua ala militar, as FDS.

Além disso, o Ministério de Relações Exteriores da Síria expressou seu protesto contra a operação turca, denunciando que viola a integridade territorial e o direito internacional da Síria. Ao mesmo tempo, a pasta responsabilizou vários grupos curdos pela situação "que optaram pelo projeto dos EUA".

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