Blocos de petróleo com areia e outros materiais foram confirmados por equipes do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) nesta sexta-feira, informou Agência Brasil.
A prefeitura de Salvador informou que 75 agentes de limpeza tomarão as providências necessárias em caso de novas ocorrências. Técnicos da Defesa Civil e engenheiros ambientais também estão em alerta e podem ser acionados.
A prefeitura recomendou que as pessoas evitem ir à praia nas regiões afetadas.
Segundo a relação de áreas afetadas, atualizada diariamente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), só na Bahia sete cidades já foram atingidas pelo óleo. Além da capital baiana, foram afetadas Camaçari, Conde, Entre Rios, Esplanada, Jandaíra e Mata de São João.
A presença da mancha de óleo no litoral nordestino foi notada no fim de agosto. O óleo se espalhou pelos nove estados do Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe).
Segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, análises laboratoriais realizadas pela Petrobras apontam que as amostras de óleo estudadas são "compatíveis" com o tipo de petróleo produzido na Venezuela.
A Polícia Federal (PF), a Marinha e os órgãos ambientais do Brasil tentam esclarecer como o material chegou às águas brasileiras. Entre as hipóteses estão um possível vazamento acidental em alguma embarcação ainda não identificada, ou um derramamento criminoso do material por motivos desconhecidos.
A PDVSA e o ministro do Petróleo da Venezuela, Manuel Quevedo, rechaçaram qualquer responsabilidade por derramamento de óleo no litoral brasileiro.