Turquia poderia ter bombardeado intencionalmente militares dos EUA na Síria, diz jornal

Os militares turcos poderiam ter bombardeado propositadamente posições dos EUA no nordeste da Síria, de acordo com o Washington Post, citando atuais e ex-funcionários da Casa Branca.
Sputnik

Um oficial do Exército dos EUA disse que o lado turco disparou projéteis de 155 milímetros e que a Turquia sabia que o contingente militar dos EUA estava estacionado neste território, comunicou o jornal norte-americano.

O incidente ocorreu em uma base no topo de uma colina com vista para a cidade de Kobane, onde a Turquia continua uma operação lançada na quarta-feira (9) contra os curdos sírios.

"O capitão da Marinha americana Brook DeWalt, porta-voz do Pentágono, disse em comunicado que as tropas americanas 'estiveram sob fogo de artilharia', e que houve uma explosão, mas não teve feridos", ressalta a edição.

Segundo a publicação, as ações turcas podem ser explicadas pelo desejo de estabelecer controle sobre um território muito maior do que os acordos entre Ancara e Washington, bem como empurrar os militares americanos para fora da cidade síria de Kobane.

Turquia poderia ter bombardeado intencionalmente militares dos EUA na Síria, diz jornal

Em uma declaração divulgada na sexta-feira, o Ministério da Defesa da Turquia disse que suas tropas não atiraram contra os americanos e estavam agindo "em autodefesa" depois que um de seus postos fronteiriços foi atacado. Na declaração, acrescentou que os militares turcos pararam de disparar imediatamente após receber notificação do lado dos EUA.

Conflito sírio

No dia 9 de outubro, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan anunciou o lançamento da operação militar Fonte de Paz no nordeste da Síria contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) da Turquia e o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em vários outros países).

As autoridades sírias têm condenado repetidamente a política de ocupação de Ancara no nordeste da Síria. A Rússia afirmou que a Turquia deve evitar ações que possam entravar a resolução do conflito sírio, que se arrasta desde 2011.

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