Caças F-15 e helicópteros AH-64 Apache foram usados na "demonstração de força" na terça-feira (15), depois que os combatentes pró-Turquia "violaram um acordo permanente" de não ameaçar as tropas americanas, informou uma fonte anônima dos EUA à Reuters.
De acordo com a fonte, os militares americanos não abriram fogo, mas as aeronaves sobrevoaram a área depois que as tropas ainda estacionadas no nordeste da Síria sentiram que os combatentes estavam muito perto deles.
Foi apresentada uma queixa formal aos militares turcos através de canais diplomáticos, acrescentou a fonte.
Remoção das tropas americanas
Embora as tropas americanas se tenham retirado da Síria na semana passada, alguns militares das Forças Especiais estavam aparentemente ainda na área de Ain Issa, localizada a meio caminho entre a fronteira sírio-turca e Raqqa.
O representante especial do presidente russo para a Síria, Aleksandr Lavrentiev, chamou a incursão da Turquia em território sírio de "completamente inaceitável" e disse que Ancara não tem o direito de destacar permanentemente tropas no país além da "zona segura" estabelecida.
Na terça-feira (15), o presidente norte-americano Donald Trump, que ameaçou impor sanções contra a Turquia após a invasão, também telefonou ao presidente turco Recep Tayyip Erdogan para exigir a suspensão da invasão e uma trégua imediata.
Isto segue um acordo entre a Síria e as forças curdas que permitiu ao Exército sírio começar a retornar ao nordeste da Síria na segunda-feira (14).
A ofensiva turca começou na semana passada após o anúncio de Trump sobre a remoção das tropas americanas da região, o que os críticos dizem ser o mesmo que abandonar as forças curdas, antigos aliados dos EUA, na Síria.
A Turquia lançou a operação Fonte de Paz no dia 9 de outubro com o objetivo declarado de estabelecer uma "zona segura" no território sírio controlado pelas milícias curdas, que Ancara considera organizações terroristas.