Telescópio russo identifica explosão termonuclear em estrela de nêutrons no centro da nossa galáxia

O telescópio espacial russo Spektr-RG, lançado em julho deste ano, registrou uma explosão termonuclear no espaço, contou à Sputnik o porta-voz do Instituto de Pesquisa Espacial da Academia de Ciências da Rússia.
Sputnik

O fenômeno foi identificado entre os meses de agosto e setembro, quando o telescópio observava o centro da galáxia.

"O telescópio filmou duas estrelas de nêutrons muito próximas uma da outra. Durante a observação, identificamos uma explosão termonuclear em uma delas", declarou o porta-voz.

O novo telescópio espacial é destinado a estudar os aglomerados de galáxias, buracos negros e coletar informações sobre a natureza da matéria escura.

Antes disso, a Roscosmos havia anunciado que o telescópio espacial Spektr-RG, em sua órbita em torno do Sol, atingirá o seu ponto ótimo de funcionamento, a 1,5 milhões de quilômetros da terra, no dia 21 de outubro, e iniciará os trabalhos de observação permanente no dia 3 de novembro.

Telescópio russo identifica explosão termonuclear em estrela de nêutrons no centro da nossa galáxia

Em quatro anos, o telescópio fará 3 observações neste ponto. A pedido da comunidade científica mundial, mais dois anos e meio serão dedicados à observação ocasional de diferentes objetos no Universo.

Projeto espacial teuto-russo

O Spektr-RG é resultado da cooperação entre a Rússia e a Alemanha, cujo objetivo foi criar um observatório astrofísico no espaço para estudar o Universo através da irradiação de raios X.

O observatório irá desenhar um "mapa" completo do Universo visível, no qual estarão identificados todos os grandes aglomerados de galáxias.

Telescópio russo identifica explosão termonuclear em estrela de nêutrons no centro da nossa galáxia

Concebido pelo Instituto russo Lavochkin, o observatório espacial Spektr-RG tem dois telescópios. Um deles, o eRosita, opera com raios X e foi desenvolvido pelo Instituto Max Planck de Física Espacial da Alemanha.

O segundo, ART-XC, foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Espaciais da Rússia e construído pelo Instituto de Física Experimental da Rússia, na cidade de Saratov.

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