'OEA se consolida como instrumento de pressão política dos EUA', diz presidente de Cuba

Durante um evento político em Havana, Cuba, o presidente do país, Miguel Díaz-Canel, acusou a OEA de ser um "instrumento de pressão dos EUA" e alertou sobre o "retorno da Doutrina Monroe".
Sputnik

Na ocasião, Díaz-Canel discursava no Encontro Anti-Imperialista de Solidariedade pela Democracia contra o Neoliberalismo, na capital cubana.

O chefe de Estado cubano analisou o cenário político em países latino-americanos como a Venezuela, Bolívia, Argentina e Brasil, acusando a Organização dos Estados Americanos (OEA) de ser um instrumento de Washington.

"Como não me rir da OEA se ela é uma coisa tão feia, mas tão feia que me faz rir [...] A OEA se consolida como instrumento de pressão política dos EUA e das oligarquias que defendem o neoliberalismo", afirmou Díaz-Canel.

As palavras do presidente se referiram ao momento em que seu país foi expulso da organização tendo como fundo a Revolução Cubana, conforme publicou o Granma.

Díaz-Canel também acusou os EUA de não aceitarem as diferenças políticas e ideológicas no mundo, em particular na América Latina. Se referindo a "ingerências" no continente, o presidente cubano disse que a "América Latina e o Caribe enfrentam o retorno da Doutrina Monroe".

Doutrina Monroe

Em 1823, o presidente dos EUA James Monroe declarou uma doutrina política, conhecida como Doutrina Monroe, no qual repudiava a interferência de potências europeias no continente americano.

No entanto, se por um lado a doutrina parecia ser contra o colonialismo europeu no hemisfério ocidental, por outro ela teria servido como instrumento de fortalecimento da posição de lierança dos EUA no continente.

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