Nova nave espacial da Boeing não é segura para a tripulação, diz cosmonauta

A nova nave espacial Starliner, desenvolvida pela companhia norte-americana Boeing, não está pronta para lançamentos tripulados, uma vez que não apresenta condições satisfatórias de segurança para a tripulação, acredita o cosmonauta russo Pavel Vinogradov.
Sputnik

O cosmonauta, condecorado como Herói da Rússia, explica que o teste do sistema de paraquedas da nave não foi realizado com sucesso.

Nesta segunda-feira (4), a empresa norte-americana efetuou testes do sistema de resgate de emergência da sua nova nave espacial tripulada Starliner. Os testes foram realizados no polígono de White Sands, no estado norte-americano do Novo México. Um dos três paraquedas falhou durante o teste.

A agência espacial norte-americana, NASA, considerou a condição da nave como "aceitável" quanto à segurança da tripulação. Os resultados insatisfatórios dos testes não afetaram de maneira nenhuma o cronograma para o próximo lançamento não tripulado da nave, previsto para ocorrer em 17 de dezembro.

Nova nave espacial da Boeing não é segura para a tripulação, diz cosmonauta

A nova nave Starliner deve substituir o ônibus espacial Space Shuttle, que está fora de operação. Desde 2011, os astronautas norte-americanos têm utilizado naves espaciais russas Soyuz para se dirigir à Estação Espacial Internacional.

"Não podemos falar de 'segurança' em um caso como este. Essa espaçonave não deve ser lançada, muito menos com tripulação", disse Vinogradov à Sputnik.

De acordo com o cosmonauta, os testes mostraram que o sistema de paraquedas deve ser melhorado, assim como todo o sistema de resgate de emergência da nave norte-americana.

Vinogradov acrescentou que é permitido utilizar os sistemas de paraquedas com múltiplas cúpulas em caso de falha de uma das cúpulas, mas ninguém fará um voo tripulado real até atingir um funcionamento de 100% do sistema de paraquedas.

"Não deve haver permissão de voo para pouso com dois paraquedas', disse o cosmonauta.

Vinogradov explicou que, por exemplo, a Soyuz russa retorna a Terra com auxílio de um paraquedas grande, mas a nave tem sempre um paraquedas de reserva.

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A Rússia está desenvolvendo uma nova nave espacial, conhecida como Orel, na qual está previsto o uso de três paraquedas.

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