Morales escreveu nesta segunda-feira (11) no Twitter sobre toda a onda de violência agravada no país.
Os golpistas, que assaltaram a minha casa e a de minha irmã, incendiaram as casas, ameaçaram matar ministros e seus filhos e humilharam uma prefeita, agora mentem e tentam nos culpar pelo caos e pela violência que provocaram. A Bolívia e o mundo são testemunhas do golpe
O recém-renunciado presidente também expressou gratidão às pessoas que "se comunicam com recomendações, sugestões e expressões de reconhecimento", ressaltando que lhe deram "encorajamento, força e energia".
[Sou] muito grato pela solidariedade das pessoas, irmãos e irmãs da Bolívia e do mundo que se comunicam com recomendações, sugestões e expressões de reconhecimento que nos dão encorajamento, força e energia. Emociono-me até me fazer chorar. Eles nunca me abandonaram, eu nunca vou abandoná-los
Em meio a protestos violentos e a pedido expresso da polícia e das Forças Armadas da Bolívia, o líder indígena, que era presidente desde 2006, renunciou no dia 10 de novembro.
Atos de vandalismo
A renúncia veio logo após o anúncio de novas eleições gerais, e na mesma data em que auditores da Organização dos Estados Americanos (OEA) sugeriram repetir votação na Bolívia devido à impossibilidade de validar a vitória de Morales no primeiro turno das eleições de 20 de outubro.
A renúncia de Morales desencadeou uma situação de vazio de poder e insegurança com atos de vandalismo, saques, ataques a casas e cortes de água potável na noite de domingo (10).
Cuba, México, Venezuela e várias outras nações descreveram o ocorrido como golpe de Estado.