Após a renúncia do presidente boliviano, Evo Morales, vários líderes da região expressaram apoio ao ex-mandatário, enquanto outros fizerem eco às supostas irregularidades relatadas nas últimas eleições presidenciais.
O presidente norte-americano Donald Trump assegura que "a saída de Morales preserva a democracia", saudando a postura do Exército do país andino.
"Estes eventos enviam um forte sinal aos regimes ilegítimos da Venezuela e Nicarágua de que a democracia e a vontade popular sempre prevalecem. Agora estamos um passo mais próximos de um hemisfério ocidental completamente democrático, próspero e livre" declara o comunicado da Casa Branca.
Diante deste pronunciamento, o mandatário venezuelano, Nicolás Maduro, acusou os EUA de serem os promotores do golpe de Estado que conduziu à saída do presidente boliviano. "O olhar de Donald Trump foi de vingança, de ódio e deu a ordem de derrubar e acabar com o índio […] e se montou a emboscada", afirmou o líder da Venezuela.
Maduro afirmou que a continuará lutando pela pátria, paz e soberania na região. "Isto não terminou, apenas começa uma nova etapa da revolução boliviana, da revolução sul-americana", enfatizou o presidente venezuelano.
Suas declarações foram apoiadas pelo presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, Diosdado Cabello, que alertou para a repressão policial contra o povo boliviano. "Hoje temos visto imagens terríveis da Bolívia", agregou o político, após salientar que o golpe de Estado foi imposto por Washington diante do fracasso da oposição nas eleições.
"A defesa da revolução e da pátria está em mobilização total, sobretudo no cenário da agressão imperialista ao nosso irmão", reitera Cabello.
Finalmente, Maduro enviou um mensagem a Morales através do Twitter: "Força Evo! Sua humildade o faz maior e maior, você é um líder extraordinário, como poucos outros neste mundo. Estou certo de que, mais cedo ou mais tarde, você voltará com milhões de pessoas e com o apoio de todo o povo boliviano que te admira e te ama. Ganharemos, irmão!"