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Representantes de Guaidó conseguem acesso à embaixada venezuelana no Brasil

Na madrugada desta quarta-feira (13), um grupo de representantes do opositor e autodeclarado presidente interino venezuelano, Juan Guaidó, conseguiu pela primeira vez acesso à embaixada venezuelana em Brasília.
Sputnik

De acordo com o Estadão, a entrada do grupo aconteceu horas antes do começo das atividades da 11ª cúpula do BRICS, que reúne os presidentes da Rússia, Índia, China e África do Sul, que são os países que apoiam o governo do líder venezuelano Nicolás Maduro como legítimo, diferentemente do Brasil.

O ministro-conselheiro acreditado pelo Brasil, Tomas Silva, foi permitido entrar no prédio pelos funcionários da embaixada, segundo a equipe de Guaidó.

A embaixadora venezuelana María Teresa Belandria, que não está no Brasil no momento, emitiu comunicado dizendo que um grupo de funcionários decidiu abrir as portas e entregar as chaves da embaixada voluntariamente por reconhecer Guaidó como legítimo presidente.​

Enquanto o jornal noticia que o acesso à embaixada foi permitido, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) classificou a ocorrência como "invasão".

A conta não verificada no Twitter, supostamente pertencente ao vice-ministro venezuelano das Relações Exteriores, Yván Gil, também relatou a tentativa de "invasão", pedindo que autoridades brasileiras respeitem acordos internacionais e protejam a embaixada.

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também relatou o incidente, chamando-o de "atentado contra a democracia".

Denúncia grave: grupos irregulares invadem áreas de nossa embaixada em Brasília. O governo do Brasil deve dar todas as garantias e respeitar os acordos internacionais, se esta agressão se mantiver, será um grave precedente

"A convocação às autoridades brasileiras significa a necessidade de garantir o respeito à integridade de nossa embaixada, de acordo com a Convenção de Viena. Esperamos que esta [invasão] não se torne um precedente sério", declarou Yván Gil.

Devido à confusão, a Polícia Militar foi acionada, mas não pôde retirar pessoas da embaixada por se tratar de território estrangeiro.

Apesar de essa ser a primeira vez que os representantes de Guaidó entram na sede, eles já vinham tentando tomar o prédio e desalojar os funcionários enviados por Maduro.

Anteriormente, as autoridades americanas forçaram os diplomatas venezuelanos a deixar sua embaixada nos Estados Unidos e a entregar suas instalações a representantes de Guaidó.

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