A Turquia afirmou que a zona permitirá que os refugiados acampados em seu território retornem com segurança ao seu país e ajudem a proteger sua fronteira com a Síria. Mas aliados ocidentais criticaram a incursão militar turca em outubro, que viu Ancara capturar grande parte do norte da Síria da milícia curda YPG.
"Nem mesmo os países que consideramos os mais poderosos e respeitados saíram ainda em resposta ao nosso apelo à zona segura e disseram 'estamos dentro'", reclamou Erdogan a repórteres em Genebra, onde participou do Global Fórum sobre Refugiados na terça-feira.
Mais de 600.000 refugiados se juntariam voluntariamente em torno de 371.000 já na "zona de paz", comentou ele na terça-feira.
"Se conseguirmos isso, isso entrará na história como um exemplo. Eles dirão: 'A Turquia estabeleceu esta cidade ou cidades para refugiados'. Isso é realmente importante para nós. Nosso projeto é ótimo", declarou.
Erdogan destacou que a Turquia gastou US$ 40 bilhões para hospedar cerca de 3,7 milhões de refugiados sírios. Ele acusou repetidamente a União Europeia de não entregar cerca de metade dos quase 6 bilhões de euros (US$ 6,61 bilhões) que prometeu apoiar o trabalho mais amplo dos refugiados.
A Turquia e seus aliados rebeldes sírios lançaram sua terceira ofensiva no norte da Síria em outubro, visando a milícia curda YPG aliada dos EUA, que liderou a luta contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia), mas que Ancara considera um grupo terrorista.