Apesar de já terem sido descritos por cientistas ainda em 1914, os Plecturocebus parecis, como a espécie foi chamada, foram considerados uma espécie diferente das demais somente neste ano.
Conforme publicou o tabloide Daily Star, o animal vive no planalto Parecis, no estado de Rondônia, e teria sobrevivido ao desmatamento, o qual tem causado grandes danos à Amazônia.
Ainda de acordo com a mídia, uma das razões da sobrevivência do animal teria sido o fato de o mesmo viver em porções mais elevadas da floresta, que os desmatadores têm mais dificuldade de acessar.
Descobrem uma nova espécie de macacos no arco do desmatamento do Brasil, mas corre risco de desaparecer. O Plecturocebus parecis vive em pequenos grupos compostos de familiares próximos e se alimenta predominantemente de frutas e folhas.
O animal, chamado por índios locais de "otôhô", possui pelagem castanha em suas costas e uma grande mancha branca em sua testa.
O DNA do animal foi comparado com o de 10 outras espécies para se determinar a origem do símio.
Risco de extinção
Segundo a mídia, os pesquisadores acreditam que o animal deva ser classificado como "quase ameaçado" de extinção.
Conforme disse o biólogo Adrian Barnett à revista científica New Scientist, o macaco tem uma área de ação pequena e sua população está limitada ao planalto de Parecis.
Apesar do desmatamento, esta já é a terceira nova espécie descoberta neste ano no Brasil.
"Uma coisa sobre o desmatamento é que isso dá acesso a todo mundo a áreas remotas, então por vezes os cientistas vão até áreas que nunca foram propriamente exploradas antes [da chegada] das serras [alusão ao desmatamento]", afirmou Barnett.