O sistema de rastreamento de voo PlaneRadar informou na sexta-feira (27) que um drone estratégico dos EUA realizou um voo de reconhecimento perto da península da Crimeia. Trata-se de um Global Hawk RQ-4B-40 da Força Aérea dos EUA que decolou de uma base aérea da OTAN na ilha da Sicília e monitorou a linha de demarcação na região leste da Ucrânia de Donbass, seguindo depois em um voo de reconhecimento ao longo da costa russa do Mar Negro.
"Esses voos são arrogantes, o que mais uma vez mostra ao mundo inteiro a duplicidade e hipocrisia da política externa dos EUA", disse Chegrinets à Sputnik.
Segundo o funcionário, Washington deveria se concentrar em suas questões domésticas em vez de buscar informações nas fronteiras da Crimeia.
"Se eles [os EUA] estão tão interessados nas mudanças que tivemos na península nos últimos anos, e os cidadãos da Crimeia têm mesmo algo para mostrar e se orgulhar, devem enviar uma delegação oficial à Crimeia, coordenando a visita através do Ministério das Relações Exteriores da Rússia", acrescentou Chegrinets.
A Crimeia voltou fazer parte da Rússia em 2014, após um referendo em que 97% dos eleitores da península apoiaram a reunificação. A Ucrânia ainda considera a península como parte de seu território, referindo-se a ela como ocupada temporariamente. Apesar de Kiev fechar o espaço aéreo sobre a península, os vôos na área continuam.
Moscou afirma que os moradores da Crimeia decidiram pela reunificação com a Rússia através de um procedimento democrático, em conformidade com o direito internacional. Segundo o presidente russo, Vladimir Putin, a questão do pertencimento territorial da península está "historicamente encerrada".