Uma equipe de arqueólogos da Polônia encontrou no Colorado, estado dos EUA, comunidades de ameríndios com práticas astronômicas avançadas, que datam do século XIII.
A descoberta, realizada no município de Pueblo, dentro do Parque Nacional de Mesa Verde, foi composta por assentamentos em rocha nua dentro dos desfiladeiros do Colorado, conforme publicou o tabloide Daily Express.
Mas o maior achado foi a forma e padrão das esculturas dentro das comunidades dos povos pré-colombianos.
Uma grande porção das esculturas estava localizada em locais sombrios durante a maior parte do ano. Essas esculturas correspondiam a eventos astronômicos específicos.
Uma delas está localizada perto de uma estrutura defensiva de 800 anos, virada para o Sul. Para surpresa dos pesquisadores, eles registraram os raios do Sol passando sobre a rocha durante o solstício de inverno, em 22 de dezembro, justamente na altura em que o Sol tem sua posição mais baixa no Hemisfério Norte.
O mesmo efeito foi observado em março do ano seguinte, durante o equinócio da primavera.
Propósito das estruturas
Os assentamentos locais foram mais tarde abandonados pelos ameríndios, mas após entrevistar comunidades norte-americanas, o membro da equipe Radoslaw Palonka chegou à conclusão de que essas esculturas serviam como calendário para os povos ameríndios.
O arqueólogo acrescentou que "as primeiras interações entre o Sol e as espirais no painel coberto de talha começavam algumas semanas antes do solstício de inverno. O fenômeno podia sinalizar o início dos preparativos e todo o processo de rituais e tratamentos rituais, danças e celebrações, que culminavam durante o solstício de inverno".
O pesquisador destacou que eventos astronômicos como os solstícios e equinócios ainda desempenham um papel crucial para as tribos de Pueblo nos estados de Arizona e Novo México, nos EUA.
"Ainda hoje eles marcam rituais, celebrações e eventos ligados à agricultura: sementeira, colheitas são preparações para estas práticas", concluiu o arqueólogo.