O professor adjunto da Faculdade de Babson, em Massachussetts, nos EUA, foi demitido do cargo após postar uma "piada" no Facebook, sugerindo que o Irã seguisse o exemplo de Trump e listasse 52 potenciais alvos para bombardeios em território norte-americano.
A publicação na página pessoal do professor Asheen Phansey, que foi posteriormente deletada, sugeria que o supremo líder do Irã publicasse "uma lista de 52 locais do patrimônio cultural norte-americanos para bombardear".
Dentre as sugestões do professor, estavam um grande shopping no Estado de Minessota e a residência da família Kardashian, que participou de um reality show recorde de audiência nos Estados Unidos.
A postagem gerou repercussão imediata e viralizou nas redes, gerando comentários críticos em relação à faculdade na qual o professor trabalhava, reportou o New York Times.
Ao tomar conhecimento do post, a diretoria da Faculdade de Babson, instituição particular que conta com cerca de 3.000 estudantes, condenou a publicação, dizendo repudiar "qualquer forma de ameaça" e "ações de apoio à violência".
"Essa postagem de um membro da nossa equipe em sua página pessoal do Facebook claramente não reflete os valores e a cultura da Faculdade de Babson", diz o comunicado.
Após sua suspensão, o professor Phansey lamentou sua "tentativa mal sucedida de fazer uma piada".
"Como americano, nascido e criado [nos EUA], eu estava tentando fazer uma justaposição entre o nosso 'patrimônio cultural' e as mesquitas e igrejas ancestrais do Irã", declarou.
O professor acrescentou que se opõe a qualquer forma de violência: "Me desculpem, se meu humor desajeitado foi interpretado como uma ameaça".
No dia seguinte, a faculdade anunciou a demissão do professor adjunto, dizendo haver baseado sua decisão em "investigações".
O professor lamentou que uma postagem na sua página pessoal no Facebook tenha levado à sua demissão.
"Eu esperava que a Babson, uma instituição de educação superior que eu amo e à qual eu me dediquei enormemente, me defendesse e apoiasse o meu direito à liberdade de expressão", declarou.
Neste sábado (11), o advogado do professor, Jeffrey Pyle, disse que a faculdade demitiu o seu cliente para parar as críticas que estava recebendo nas redes sociais. O post gerou um número significativo de críticas e, segundo o advogado, "comentários racialmente intolerantes".
"Vi um grande número de mensagens sugerindo que o professor Phansey fosse deportado [...] Asheen nasceu nos Estados Unidos, de família originária do sudeste asiático", disse o advogado.
Pyle acrescentou que, por causa de seu sobrenome, muitos leitores presumiram que o professor fosse iraniano ou árabe: "Acho que esse componente faz com que seja ainda mais lamentável que a Babson não o tenha defendido".