Premiê da Índia faz 'previsão' ameaçadora: Paquistão seria derrotado em 'no máximo' 10 dias

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, afirmou que as Forças Armadas indianas podem derrubar o vizinho Paquistão dentro de uma semana - 10 dias no máximo. Ambos os rivais regionais são países com armas nucleares.
Sputnik

Falando na reunião do Corpo Nacional de Cadetes em Nova Deli na terça-feira, Modi lamentou a "inação" de seus antecessores, que relutavam em usar a força militar contra o Paquistão.

Ele disse que mesmo quando os altos escalões da Índia "pediam ação", a liderança política "não iria adiante", mas conduzia o que ele chamava de "uma guerra por procuração" com o Paquistão como uma questão de lei e ordem, em vez de exigir uma solução militar.

O primeiro-ministro indiano afirmou que acredita que o Paquistão não teria chance se um confronto militar eclodisse entre os dois.

"As Forças Armadas indianas não levarão mais de uma semana - 10 dias para fazer o Paquistão ser derrotado", sentenciou Modi.

Histórico bélico

Os dois arquirrivais regionais travaram três grandes guerras e estiveram envolvidos em inúmeras escaramuças menores, a maioria delas na região disputada da Caxemira, desde que ambas conquistaram a independência do Reino Unido.

Enquanto o poder militar convencional da Índia não é páreo para o Paquistão, o Exército de 1,2 milhão da Índia supera em muito os 560.000 soldados de Islamabad. O Paquistão equilibra o campo de jogo com seu considerável arsenal de armas nucleares.

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Segundo estimativas do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), o Paquistão tem 140 a 150 ogivas, enquanto a Índia provavelmente "apenas" tem cerca de 130 a 140. Embora o mecanismo de entrega da Índia seja muito mais aprimorado, isso não importará muito no caso de uma guerra total entre os dois, pois um único ataque pode infligir baixas em massa e resultar em consequências devastadoras para toda a região.

Políticos indianos e paquistaneses têm frequentemente usado linguagem severa para se criticar. No entanto, falando a repórteres no Fórum Econômico Mundial (FEM) em Davos, na Suíça, na semana passada, o primeiro-ministro paquistanês Imran Khan comentou que, em termos de guerra aberta, os rivais "não estão perto de um conflito no momento". Porém, ele pediu à comunidade internacional que faça mais para impedir que as atuais tensões se agravem.

A Índia e o Paquistão chegaram mais próximos de uma guerra nos últimos anos em fevereiro do ano passado, depois que a Índia lançou ataques aéreos na parte controlada pela Paquistão da Caxemira, depois que um grupo militante paquistanês matou dezenas de policiais indianos no território disputado.

Enquanto Nova Deli alegava estar mirando esconderijos terroristas, Islamabad negou as alegações de que estava abrigando militantes e executou bombardeios retaliatórios.

O impasse culminou em uma série de ataques aéreos que viram um piloto indiano sendo capturado pelo Paquistão. Embora os dois países tenham se abstido de usar suas armas nucleares, um cenário muito temido por muitos, houve relatos na época em que estavam longe de considerar a opção a sério.

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