Desde a década de 50, pegadas de dinossauro têm sido estudadas nas cavernas Fireclay no monte Morgan, no estado australiano de Queensland.
O achado se deu ainda em 1952, quando o local era uma mina de ouro.
Por sua vez, as pegadas se destacam no teto da mina, como se os dinossauros andassem de pernas para cima.
"Isso não é dinossauro andando de perna para cima. O que acontece é que quando você faz pegadas, o sedimento [de onde se pisa] recebe o formato do pé, e depois ele é coberto por outro sedimento", declarou o paleontólogo da Universidade de Queensland, Anthony Romilio, ao tabloide Daily Mail.
Logo em seguida, com a erosão do sedimento por baixo, o qual compunha o teto da mina, as pegadas, de cerca de 200 milhões de anos, apareceram, como visto abaixo:
Mistério sobre pegadas de dinossauro em teto de caverna é desvendado
Animais de quatro patas
Durante estudo do fóssil, levantou-se a hipótese de que as pegadas pertenciam a dinossauros de quatro patas.
"Existem pegadas de tamanho médio com outras pegadas de menor tamanho apontando para mesma direção e muito próximas entre si [...] Uma interpretação era de que as pegadas maiores eram pés, e as menores eram as mãos", afirmou o cientista.
Contudo, a característica soava estranha para dinossauros carnívoros.
Encontro inesperado
Sendo a mina de difícil e perigoso acesso, os cientistas começaram a recorrer a fotos tiradas ainda nos anos 50 para estudar o material.
Contudo, a qualidade das imagens deixava a desejar.
Trabalhando em um mercado de frutas e legumes em Brisbane, na Austrália, Morilio se encontrou por acaso com a compradora Rosaline Dick, cujo pai, Ross Staines, foi um geólogo que trabalhou no mesmo sítio arqueológico.
Para a surpresa de Morilio, o geólogo criou uma coleção de fotos dos fósseis com imagem de alta resolução.
Achado importante
Ao analisar os dados de Staines, Morilio entendeu que as pegadas pertenciam a sete diferentes espécies de dinossauros, sendo três herbívoras e quatro carnívoras.