A greve dos petroleiros, que acontece desde o dia 1º de fevereiro, teve como estopim a implementação de um plano de demissões em uma subsidiária da Petrobras, a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen).
A empresa busca conter a greve com pagamentos "aos que estão atuando para a continuidade das atividades da companhia".
O diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, disse à Sputnik Brasil que a greve foi iniciada por conta conta da intransigência da empresa em não querer atender a uma pauta que foi entregue no mês de janeiro.
"A pauta falava na necessidade de suspensão das mil demissões de trabalhadores e trabalhadoras da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná [Fafen] e da suspensão de medidas arbitrárias e unilaterais, sem negociação alguma com os sindicatos, que estavam sendo implementadas pela gestão da empresa em áreas operacionais", afirmou.
Além disso, o diretor da FUP destacou que a manifestação pede que a empresa volte a "respeitar os fóruns de negociação coletiva do acordo coletivo de trabalho".
"Felizmente a categoria que aprovou essa greve em Assembleia, executou essa greve e tem mantido essa greve forte. Nós estamos com essa quantidade de petroleiros exatamente em 121 unidades do sistema Petrobras, já atingindo em torno de 65 a 70% dos trabalhadores e trabalhadoras das áreas operacionais do sistema Petrobrás, demonstrando a força da categoria petroleira diante dessa truculência da gestão da Petrobras", disse o diretor da FUP.
De acordo com ele, a gestão da Petrobras "coloca em risco a população brasileira com o possível desabastecimento de produtos essenciais aos brasileiros e brasileiras".
"Algo que nós não queremos fazer. Nós queremos que o petroleiro trabalhe, que ele possa trabalhar para que a produtividade nas refinarias possa aumentar, e, consequentemente, os custos e os preços dos derivados de petróleo possam baixar e chegar a um preço justo à população brasileira", completou.