Cientistas de 9 países condenam rumores de coronavírus como arma biológica

Viajantes com máscaras na estação de trem de Pequim
Um grupo de cientistas de nove países emitiu uma declaração conjunta em que censuram o que dizem circular teorias de conspiração de que o surto de SARS-CoV-2 tem origem artificial.
Sputnik

Um grupo de cientistas de nove países emitiu uma declaração condenando os rumores de que a nova estirpe de coronavírus detectada na China é de origem artificial.

"Estamos unidos na condenação veemente das teorias conspiratórias de que COVID-19 não tem origem natural", diz a declaração, publicada na revista médica Lancet.

O comunicado observa que "cientistas de numerosos países publicaram e analisaram os genomas do agente causador [da doença], o coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2), e a maioria concluiu que é um coronavírus de origem selvagem, como muitos outros agentes patogénicos emergentes".

"As teorias da conspiração nada mais fazem do que criar medo, rumores e preconceitos que põem em perigo nossa colaboração global na luta contra este vírus", sublinha o texto.

A carta expressa solidariedade com os cientistas e médicos chineses, que "continuam salvando vidas e protegendo a saúde global face ao desafio colocado pelo surto de COVID-19".

Cientistas de 9 países condenam rumores de coronavírus como arma biológica
Cientistas de 9 países condenam rumores de coronavírus como arma biológica

A declaração foi assinada por 27 cientistas da Austrália, China, Alemanha, Itália, Malásia, Países Baixos, Espanha, Reino Unido e EUA.

História do coronavírus

No final de 2019, a China relatou um surto de pneumonia causado por uma nova estirpe de coronavírus que teve seu epicentro na cidade chinesa de Wuhan, capital da província de Hubei.

O vírus se chamava 2019-nCoV, entretanto renomeado para SARS-CoV-2, e a doença que causa, COVID-19. Até agora, foram notificados por causa do vírus mais de 75.700 casos e 2.129 mortes em 30 países.

A maioria dos casos confirmados (75.761) e das mortes (2.118) ocorreram na China continental, e outras 16.342 pessoas tiveram alta médica no país.

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