A Marinha russa está muito orgulhosa de seu "navio espião" Yantar, a embarcação foi projetada como um navio de pesquisa oceanográfica e tem a sua disposição vários veículos de submersão profunda, bem como submarinos não tripulados para realizar pesquisas cientificas e missões de busca.
Durante uma semana, a Marinha do Brasil monitorou a embarcação de inteligência russa suspeita de realizar missões de espionagem na Europa e nos EUA. O sinal de alerta foi dado no dia 10 de fevereiro, quando o Centro Integrado de Segurança Marítima do Rio de Janeiro detectou Yantar dentro da Zona Econômica Exclusiva do Brasil (ZEE).
Depois do primeiro contato, a embarcação sumiu dos radares, sugerindo que o sistema de monitoramento (AIS, na sigla em inglês), que permite localizá-la, tinha sido desligado. Imediatamente, foi iniciada uma operação de patrulha. No domingo (16), um helicóptero da Marinha e um avião da Força Aérea do Brasil (FAB) encontraram o Yantar a 80 quilômetros da costa do Rio.
Na primeira tentativa de estabelecer o contato, a tripulação russa não respondeu. No entanto, mais tarde respondeu à pergunta sobre as tarefas que realizava e, de acordo com o Estadão, o barco atracou na terça-feira (18) no porto do Rio.
Beluga fugitiva 'militar' russa
Pouco tempo atrás, uma beluga que estava brincando com uma bola com um grupo de torcedores sul-africanos de rúgbi no Ártico foi classificada por especialistas britânicos como sendo uma "espiã russa".
Alguns pesquisadores decidiram que a beluga é "uma baleia especialmente treinada por militares russos" e foi considerada muita parecida com Hvaldimir, outra beluga que também foi tida como "espiã russa".
De acordo com o jornalista Ferris Jabr que, pelo visto também é especialista em baleias e belugas, Hvaldimir pode ter fugido de programa militar russo.
O vídeo viral de uma beluga "selvagem" brincado de pega-pega não é o que parece. Essa é como Hvaldimir, uma baleia que vivia em cativeiro e que pode ter conseguido fugir de programa militar russo. Sozinha, desnutrida e ferida, Hvaldimir vagueia pelos mares em busca de comida e atenção das pessoas.
De olho em submarinos russos
Um caso ainda mais incrível e curioso ocorreu na Suécia, quando um sinal codificado de rádio foi interceptado por um submarino sueco, desencadeando uma megaoperação de busca por submarino estrangeiro no sul do arquipélago de Estocolmo, em outubro de 2014.
Na verdade, o sinal recebido pelos suecos era de uma boia meteorológica defeituosa, revelaram jornalistas da edição Svenska Dagbladet.
No âmbito da megaoperação de busca, a imprensa internacional sugeriu se tratar de um minissubmarino russo. Por sua vez, o Ministério de Defesa russo salientou que um minissubmarino russo não poderia estar nas águas da Suécia por não existir na Marinha russa. As buscas duraram aproximadamente uma semana, o país nórdico gastou cerca de 1,8 milhão de euros (R$ 8,5 milhões).
Em 2018, a mesma embarcação russa de pesquisa oceanográfica Yantar passou pelo Canal da Mancha e provocou uma forte reação da Marinha Real Britânica. O Reino Unido enviou o destróier HMS Diamond e um helicóptero Wildcat para acompanhar a passagem do que foi rotulado como um "navio espião da Marinha russa".