A descoberta ocorreu graças à ajuda de um agricultor, que alertou sobre a presença de "uma grande pedra com estranhas inscrições" em um canal de irrigação.
"Apressamo-nos para chegar ao local onde pudemos ver que [a pedra] saía da água, então saltamos para o canal, com água até a cintura", afirmou o professor James Osborne em comunicado divulgado nesta quinta-feira (20).
De acordo com os especialistas, a rocha apresentava claros sinais de um texto escrito no idioma luvita, um idioma utilizado na região durante a Idade do Bronze e Idade do Ferro, entre 1.400 e 600 a.C.
A inscrição encontrada fazia referência à derrota da Frígia, além de conter uma marca hieroglífica especial característica dos comunicados de um monarca.
Num piscar de olhos, nós tínhamos novas e profundas informações sobre a Idade do Bronze no Oriente Médio”. Uma dica de um agricultor nos ajudou a descobrir a antiga cidade turca, datada de 1400 a.C. a 600 a.C.
Especialistas apontam que o texto conta a história da conquista pelo rei Hartapu do reino vizinho de Muska, também conhecido como Frígia. "Os deuses da tempestade entregaram os reis [adversários] a sua majestade", dizia a inscrição.
A análise linguística sugere que a inscrição foi escrita no final do século VIII a.C., período que coincide com o governo do rei Midas, que, de acordo com a mitologia grega, podia converter tudo o que tocasse em ouro.
"Este vestígio foi uma descoberta maravilhosa e de uma sorte incrível, mas é apenas o começo", explicou Osborne, ressaltando que pode haver importantes restos arqueológicos enterrados na área.
Os cientistas não sabem o nome do local, mas acreditam que a área abrange aproximadamente 121 hectares, tendo sido uma das maiores cidades da época.