Além disso, a maior parte da frota de bombardeiros é ainda mais antiga, contando com os B-1B, da década de 1980 e 1990, e os B-52 Stratofortress, desenvolvido em 1962.
Com a chegada do B-21 Raider prevista para o final do próximo ano, os EUA terão uma série de novas demandas orçamentárias direcionadas ao desenvolvimento de novas armas nucleares, o que pode obrigar a Força Aérea a reduzir os desgastados bombardeiros, com altos custos de manutenção.
Para o ano fiscal de 2021, estão planejados cortes em dezenas de programas, incluindo mais de um quarto da frota de bombardeiros B-1B Lancer: 17 aeronaves, devido ao seu grande desgaste.
Pensando em manter a restante frota de aviões em serviço até 2036, data prevista para aposentadoria, a Força Aérea norte-americana pode obrigar os pilotos a não realizarem voos rasantes, sendo permitido apenas durante os treinamentos.
"Acreditamos que, fazendo isso, obteremos uma taxa de capacidade de missão em um nível mais aceitável [...] Utilizamos esse avião excessivamente por muitos anos [...] Está quebrado, em muitos sentidos", afirmou o tenente-general David Nahom.
Com as defesas aéreas mais sofisticadas do que nunca, a Força Aérea norte-americana põe em dúvida se vale a pena arriscar um B-1B de 415 milhões de dólares para atingir um alvo, preferindo apostar no seu próximo bombardeiro furtivo B-21 Raider para ataques profundos.
Um porta-voz da Força Aérea afirmou ao portal Military.com que seriam liberados US$ 4,1 bilhões (R$ 18,3 bilhões) nos próximos cinco anos, eliminando as aeronaves mais antigas.
A Força Aérea espera que a modernização dos B-52 Stratofortress, com motores e novas tecnologias, permita "fazer coisas que não seria capaz de fazer com os B-1 e B-2".
Os 20 bombardeiros B-2 da Força Aérea também estão sendo modernizados, para que possam operar até à chegada do B-21, que Nahom havia afirmado que poderia levar mais uma década para acontecer.