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Moro condena motim da PM no Ceará, mas diz que policial não deve ser tratado como criminoso

Policiais militares seguem em greve no Ceará desde 18 de fevereiro. Moro condenou o motim da PM em encontro com governadores, em Foz do Iguaçu, no Paraná.
Sputnik

O ministro da Justiça, Sergio Moro, condenou neste sábado a greve da PM no Ceará, mas destacou que os PMs não podem ser tratados como criminosos.

"O governo federal vê com preocupação a paralisação que é ilegal da Polícia Militar do estado. Claro que o policial tem que ser valorizado, claro que o policial não pode ser tratado de maneira nenhuma como um criminoso. O que ele quer é cumprir a lei e não violar a lei, mas de fato essa paralisação é ilegal, é proibida pela Constituição", disse Moro, citado pelo portal G1.

O ministro participou do 6º encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) em Foz do Iguaçu e discursou para governadores de sete estados.

A Constituição Federal proíbe a paralisação de policiais.

Os PMs do Ceará seguem em greve desde 18 de fevereiro, exigindo aumento salarial. Os grevistas têm invadido e ocupado quartéis.

Pelo menos 230 policiais já foram afastados das funções por três meses por motim, insubordinação e abandono de posto.

Os PMs amotinados exigem anistia aos participantes para encerrar o movimento.

Com motim, o número de assassinatos no Ceará mais que dobrou em fevereiro de 2020 em comparação com o mesmo mês de 2019. Foram 364 mortes neste ano, contra 153 mortes no ano passado.

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