Relatório militar dos EUA revela detalhes de 'estranho' acidente de submarino nuclear

Investigação de acidente do submarino nuclear USS Georgia em 2015 coloca capitão da embarcação como culpado após submarino se chocar com boia em manobra noturna.
Sputnik

O incidente se deu no dia 25 de novembro de 2015 próximo a um canal na bacia do Forte Clinch, no estado americano da Flórida.

Na ocasião, o capitão do submarino nuclear americano USS Georgia, David Adams, recebeu ordens para tomar a bordo um piloto durante a madrugada do referido dia.

Contudo, praticando diferentes manobras e sob as ordens de "a todo vapor" do capitão Adams, a embarcação acabou se chocando com uma boia.

Como resultado, a embarcação ficou temporariamente encalhada, enquanto a hélice, um aparelho acústico e um medidor de velocidade ficaram danificados.

Conforme publicou o portal Military.com, os danos chegaram a US$ 1 milhão (cerca de R$ 4,5 milhões).

Capitão considerado culpado

Ainda de acordo com a mídia, citando um relatório militar escrito pelo vice-almirante Randy Crites, e que veio a público recentemente, o capitão David Adams foi considerado responsável pelo incidente, assim como outros oficiais a bordo do submarino.

É válido ressaltar que após o caso, Adams foi afastado do posto e hoje já se encontra aposentado.

Segundo o relatório, o capitão foi "incapaz de agir durante a complexidade da situação e falhou ao reagir às circunstâncias de maneira satisfatória para a segurança do navio e da embarcação".

É válido ressaltar que a investigação também considerou o "excesso de velocidade", ordenado por David, como ocasionador da dificuldade do trabalho de toda a tripulação durante a manobra.

Também foi reportado que, antes da ordem de David, um de seus oficiais recomendou o "movimento de ré a toda velocidade", o que foi contrariado pelo capitão.

Tripulação 'inexperiente'

Por sua vez, David justificou o incidente como fruto do "despreparo" de seus subordinados, grande fadiga e escuridão da noite.

Segundo ele, a tripulação não dormia há 36 horas no momento do incidente.

Além disso, antes do incidente, David notificou seus superiores sobre o suposto despreparo da tripulação.

Contudo, em seu relatório, o vice-almirante Crites não considerou as afirmações de David e disse que o incidente aconteceria da mesma forma sob a luz do dia.

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